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  • Álvaro Góis 9 Oct 2014, às 11:14 Permalink |
    Etiquetas: , media,   

    Media vs meios

    Para elevar (ainda mais) a minha teimosia (e embirração) com o uso de media sem itálico (ou, ainda pior, média), eis que alguém se lembra de traduzir à letra. Como é óbvio, isto não faz sentido algum.

    Media, neste contexto, não se refere ao meio, i.e., ao modo ou via que estabelece a comunicação (meio de comunicação social, meio de comunicação de massas, meios audiovisuais), refere-se à mensagem propriamente dita ou, melhor dizendo, ao suporte dessa mensagem. Quando, no WordPress ou na generalidade das aplicações digitais se refere media, creio que, por norma, isso é uma maneira simplificada de dizer media file, documento/arquivo/ficheiro de media (audiovisual? multimédia?).

    Acredito que a reserva ao uso da opção multimédia se deve, em especial, ao seu significado estar mais associado a suportes híbridos, i.e., que conjugam som e imagem, do que a designar um conjunto de suportes que podem incluir som e/ou imagem (“Que utiliza ou se refere a vários suportes de difusão de informação, nomeadamente imagem e som.”). E confesso que eu próprio tenho essa reserva e só propuz propus a opção por a achar sempre preferível a média (que em português é outra coisa).

     
    • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 11:24 Permalink | Inicie a sessão para responder

      Nesse aspeto, não me choca em nada a forma brasileira ‘mídia’, e até acho que eles deram bem a volta a um assunto tradicionalmente muito dificil de dar a volta (os estrangeirismos ligados às novas tecnologias)

      No entanto, segundo o dicionário da língua portuguesa da Priberam, o termo a aplicar em Portugal será “média”… 🙁

      http://www.priberam.pt/dlpo/média

      comparar com:

      http://www.priberam.pt/dlpo/mídia

      • Álvaro Góis 9 Out 2014, às 11:46 Permalink | Inicie a sessão para responder

        A mim choca, e muito. É mesmo a última opção.

        O dicionário não diz que é média, precisamente pela explicação que dou acima. Porquanto média, embora aportuguesado na forma errada, refere-se aos meios de comunicação e não propriamente aos suportes, que é este caso.

        Na longa discussão que aqui tivemos antes abordámos as várias acepções. E, o mais engraçado, é que dei por mim a privilegiar a tradução que critico acima, meios (e o @nuno-barreiro a concordar), embora com a ressalva de que só a utilizaria num mundo perfeito (ainda assim, preferível a “mídia” 😛 ).

        • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 12:02 Permalink | Inicie a sessão para responder

          Ainda não consigo perceber a ‘nossa’ embirração contra o termo “mídia”.

          Usamos a torto e a direito CPU, RAM, Smartphone, ROM, net, notebook, netbook, tablet, gamer, smartphone, smartwatch, gadget, design, drone, wireless, chip, plafond, browser, wearable, phablet, drive, marketing, cloud, etc…

          Mas na questão do termo “mídia”, ai e tal porque os brasileiros foram ‘chungas’ a aportuguesar esse termo…
          Também nós aportuguesámos muitos termos (mui mais no passado, diga-se) e não vejo nada de mal nisso…
          Não estou contra si Álvaro, estou contra a corrente que não nos permite absorver de uma vez pro todas esse termo, que, para todos os efeitos se torna uma palavra plenamente portuguesa.

          • Álvaro Góis 9 Out 2014, às 12:57 Permalink | Inicie a sessão para responder

            A minha embirração é, precisamente, porque não precisamos disso. Se media vem do latim, aportuguesemos do latim caramba. Porquê fazer um travestismo, indo buscar ao inglês (que foi buscar ao latim…), e mal?

            Além disso, mídia não tem nada a ver com os acrónimos e os nomes referidos.

            Eu não tenho qualquer reserva a utilizar uma palavra estrangeira se não encontro na minha língua uma forma melhor, mais concisa e clara de dizer a mesma coisa.

            Parte significativa do esforço de tradução/localização prende-se com a avaliação do risco de optar por uma expressão portuguesa que não faça jus ao sentido original (lá está, o exemplo de “meios”…).

            As traduções do WordPress estão repletas de exemplos de opções erradas. E os dicionários portugueses também, que não tenhamos dúvidas. Por exemplo, ainda ontem discutia com uma colega a propósito de workshop. Por que raio há-de workshop ser uma palavra portuguesa? Se não têm uma forma mais concisa de chamar à coisa, até podem usar a versão inglesa mas, não me lixem, workshop não é uma palavra portuguesa, embora haja dicionários que a consideram!

            Usamos tantas expressões estrangeiras correntemente, qual a reserva de o continuar a fazer? A posteriori, grosso modo, panache…

            Se é certo que a língua é dinâmica e vai beber a várias fontes – não sendo exclusivamente latinas –, uma garantia de que não perdemos o pé é aceitar que, em certos casos, não inventar é uma grande virtude.

            • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 13:49 Permalink | Inicie a sessão para responder

              Sinceramente, acho que a língua portuguesa necessita desse termo.
              Esse termo em particular define tudo o que mais nenhum termo português ou latim já existente tenta definir.
              Mídia consegue logo dar a ideia do que Meios, Média, Intermediários, Agentes de Informação, Meios de Comunicação, Suporte de Informação, etc. não consegue dar.

              (Mas vá, não vou mais bater nesta tecla. Sei que mudar mentalidades é das coisas mais difíceis que podem existir e sei que sozinho apenas conseguirei obter resistências ou até inimizades… O WordPress está primeiro)

              • Álvaro Góis 9 Out 2014, às 13:53 Permalink | Inicie a sessão para responder

                Vítor, não vou deixar de ser amigo de alguém só porque defende a utilização de “mídia”. Pronto, deixar de dar prendas no Natal, oferecer umas tatuagens do WordPress e tal, isso ainda vá, agora tornar-me inimigo, jamé!. (A menos que seja do SLB, aí a coisa começa a piorar mesmo…) 😉

          • Rodrigo Moreira 9 Out 2014, às 13:41 Permalink | Inicie a sessão para responder

            +1! Realmente, usamos todas essas expressões, porque é que implicaram com “mídia”?! Eu até gosto mais de “mídia” do que “média” ou “media”! Eu tenho médias é nas notas da escola! Lol…

            Quando muito, se continuam a embirrar com “mídia”, então proponho: “Mass media” ou “mass média”. Sempre é mais aceitável 🙂
            http://www.priberam.pt/dlpo/mass%20media

            • José Freitas 9 Out 2014, às 13:51 Permalink | Inicie a sessão para responder

              “Mass Media” ou “mass média” já tem tradução em português: meios de comunicação social.
              O “Media” do WordPress em causa não tem a ver com isto.

            • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 13:51 Permalink | Inicie a sessão para responder

              “Embirramos” porque foram os brasileiros a ‘cunhar’ o termo (ou vá, a adaptar para a língua de Camões) e como nós, os portugueses, somos os “donos” desta língua, “não podemos permitir” que sejam os brasileiros a tomar rédeas, não é?

              Concluo com um retumbante “tchau”
              (quem é que hoje em dia não o usa? E quem é que o adaptou para a língua de Camões?)

              • Álvaro Góis 9 Out 2014, às 14:00 Permalink | Inicie a sessão para responder

                Eu não acho isso. Acho que no Brasil têm adaptações de outros termos mais bem conseguidas do que “mídia”.

                Assim de repente, pebolim, boliche… 😛

                • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 14:09 Permalink | Inicie a sessão para responder

                  Pois, o problema é que debatemos se gostamos (mais ou menos) ou se não gostamos de todo de um termo que, para todos os efeitos, até é útil! (é um debate subjetivo)

                  (Já agora, também aprendi o ‘boliche’ nas revistas brasileiras de ‘quadrinhos’ do Mickey e depois em jovem custou-me o choque do “boulingue” – aqui aportuguesei de propósito algo que estava perfeito para mim na versão brasileira)

                  A verdade é que não deveriamos seguir gostos mas antes a utilidade (a par com a aceitação no geral) destes termos.

                  • Álvaro Góis 9 Out 2014, às 14:22 Permalink | Inicie a sessão para responder

                    A minha observação não foi quanto a gostar ou não gostar, foi quanto a ser errado. E parece-me errado termos duas versões – … erradas – de aportuguesamento da mesma palavra. Mas, lá está, posso estar… errado.

                    Além disso, mesmo com mídia o problema mantém-se exactamente o mesmo. Os brasileiros usam mídia tal como nós usamos média, na acepção de meios de comunicação (eles “a mídia”, nós “os média”). Que não é o que media representa neste contexto que nos interessa.

    • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 11:36 Permalink | Inicie a sessão para responder

      Encontrei esta dissertação que (a meu ver) até nem vem esclarecer muita coisa, mas antes vem confirmar a minha ideia de que os neologismos habitualmente ligados às tecnologias da informação são muito mais adaptados pelos falantes da língua de Camões:

      http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica.aspx?DID=2613

      PERGUNTA: Gostaria de ser esclarecido, ou ver discutida a questão, quanto à forma correcta de escrever a palavra portuguesa que se refere aos órgãos de comunicação social como sector, ou seja, media. Ou será média? Ex: Educação para os Média ou Educação para os Media? Ou Os media portugueses ou Os média portugueses?
      António Lopes (Portugal)

      RESPOSTA: A questão colocada diz respeito à problemática do aportuguesamento de palavras estrangeiras, neste caso do inglês media, para designar os meios de comunicação social de massas, cujo alcance pode verificar-se na maneira como as obras lexicográficas para o português europeu tratam o assunto.

      O Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, regista as formas media e média como substantivo masculino plural.
      O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (2001) registou o substantivo masculino plural media, não aportuguesando a ortografia, mas com a pronúncia aportuguesada em [‘m3], como a vogal de pé, diferente da pronúncia [‘mi], do inglês e do substantivo feminino mídia, consagrada nas obras lexicográficas para o português do Brasil.
      O Dicionário Houaiss, na sua edição portuguesa (2002), remete a forma media para média, como substantivo masculino de dois números (ex.: o semanário é um média de referência; os média trataram o assunto de forma heterogénea), observando que “apesar de o plural regular ser médias, em Portugal está consagrado o uso do plural latino na forma média (s.m.pl.)”. O Grande Dicionário Língua Portuguesa (2004) admite apenas o substantivo média como plural, não registando sequer a forma media.
      O Dicionário Verbo Língua Portuguesa (Lisboa: Verbo, 2006) regista apenas media, à semelhança do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, como de resto acontece em grande número de opções do dicionário.

      O panorama acima parece indicar que há uma tendência para a estabilização da forma média como substantivo masculino plural, mas a pesquisa em corpora e motores de busca da internet indica que a ocorrência da forma media continua a ser muito superior à de média, no mesmo contexto.
      Não havendo consenso no registo lexicográfico, a decisão de utilização de uma ou outra forma caberá sempre ao utilizador da língua, devendo este manter a opção que tomar, pelo menos dentro do mesmo texto ou documento, por uma questão de coerência ortográfica.
      No caso de optar pela forma media, deverá utilizar o itálico ou as aspas como forma de assinalar que se trata de um estrangeirismo, o que neste caso é especialmente importante, uma vez que a forma media é ambígua com formas do imperfeito do verbo medir (eu/ele media).
      Como argumento adicional para a coerência ortográfica na escolha da forma a adoptar poderá estar também o facto de a palavra multimédia, cuja origem etimológica é análoga à de media > média, estar registada com esta forma em todos os dicionários acima referidos, sem que nenhum deles registe a forma inglesa multimedia.

      Ver também: neologismos e estrangeirismos, itálico em estrangeirismos

      Helena Figueira, 27-Fev-2007

    • Vitor Madeira 9 Out 2014, às 14:01 Permalink | Inicie a sessão para responder

      Bem, então e uma conjugação de termos?

      “audio/vídeo”, “audio e vídeo”, “imagem/som”, “imagem e som”?

    • Marco Pereirinha 9 Out 2014, às 14:04 Permalink | Inicie a sessão para responder

      50 cents de um benfiquista… media. A meu ver, o problema é mais de ordem técnica. Não sei se fará muito sentido colocar html dentro da tradução.

    • sergiovieira 10 Out 2014, às 23:25 Permalink | Inicie a sessão para responder

      propus* 🙂

  • gaspas 3 Oct 2012, às 8:58 Permalink |
    Etiquetas: caracteres especiais, media, sanitize   

    Tenho deparado com um problema frequente,

    Upload media em que o nome dos ficheiros contém caracteres especiais,

    O nome original é “Pé-de-Feijão_Impulso-Positivo.pdf”

    O na folder de upload passa a ter o nome “Pé-de-Feijão_Impulso-Positivo.pdf”

    Mas na DB fica com o nome original “Pé-de-Feijão_Impulso-Positivo.pdf”

    Algo está mal aqui não! ora se subsitui num local substitui no outro!

    Ele não deveria no upload aplicar funcoes como o http://wpseek.com/sanitize_file_name/

    ou algo do género!

     
    • gaspas 3 Out 2012, às 9:28 Permalink | Inicie a sessão para responder

      Mas por vezes faz upload do ficheiro com o nome original! Estranho? Poderá ter algo a ver com o computador ou ligação?!

    • gaspas 3 Out 2012, às 10:06 Permalink | Inicie a sessão para responder

      Em localhost o mesmo ficheiro fica com o nome “Pé-de-Feijão_Impulso-Positivo.pdf” na pasta de uploads.

      No site onde surgiu o problema, em 2 uploads diferentes em ligações diferentes ficou cada uma com o seu nome.

      Já agora a DB deverá ter o collation: “latin1_swedish_ci” ou “utf8_general_ci”

    • Vitor Carvalho 3 Out 2012, às 14:45 Permalink | Inicie a sessão para responder

      Junta-te no #wordpress-pt no FreeNode e tratamos disso! haha
      Isso tem a ver com a codificação de caracteres do próprio sistema de ficheiros. Estás a rodar em que OS?

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