Gostaria de mobilizar algumas pessoas que conheçam e possam contribuir para o GlotPress para conseguirmos resolver um problema que estamos a ter com as traduções portuguesas. Nos últimos meses houve duas alterações muito significativas na forma de gestão das traduções no WordPress. Por um lado, o WordPress passou a considerar variantes da língua para o mesmo locale, abrindo assim a possibilidade, p.e., a versões formais e informais. Mas, e no nosso caso isso é significativo, também a variantes ortográficas, como a do A090. Por outro lado, a integração de temas e plugins no GlotPress oficial do WordPress.org veio reforçar a necessidade de consolidação de termos e de minorar a mais que provável confusão que se vai instalando.
Quais são as opções neste momento? A primeira seria ter uma versão AO90 para o WordPress (core, temas e plugins). O problema é que isso iria criar necessariamente problemas de consolidação de termos e de desfasamento. Se é possível criar uma versão AO90 a partir da versão oficial (usando ferramentas offline), e foi isso que fizemos com o PT Variants, a verdade é que não existe ferramenta que faça o caminho inverso. Ou seja, quando tivermos o WordPress pt_PT também a obedecer ao AO90, serão duas versões autónomas, para as quais poderão existir contribuidores diferentes com formulações diferentes. O que é um problema sério, tanto para o resultado final como para a gestão de traduções, de editores e de validadores das traduções. A verdade é que, assim como estamos, com apenas uma versão, já existe um desfasamento tremendo entre as traduções do core, apps, temas e plugins, muitos deles com termos completamente inadequados e, em muitos casos, absurdos.
Há uns meses comentei num ticket do GlotPress sobre as vantagens de ter alguma forma de integração entre a versão por omissão e variantes no fluxo do GlotPress. Muitas variantes têm apenas ligeiras diferenças face à versão principal, pelo que uma faculdade de edição em paralelo, com cópia da versão principal, minoraria os erros e facilitaria muito a manutenção das traduções. Acontece que, e com alguma naturalidade (consta que não haverá muitos países com variantes suficientemente mobilizados), este ticket não teve tracção suficiente para que houvesse alguma implementação que, admito, não seja simples.
Uma outra forma de lidar com a questão seria ter em paralelo no GlotPress a versão AO90, mas apenas de leitura. I.e., o core estaria disponível também no AO90. Esta versão poderia ser implementada offline, como o PT Variants, e carregada no GlotPress a cada novo lançamento. Mas não é possível bloquear a edição, pelo que teríamos o mesmo problema de consolidação quando começasse a haver edição em paralelo.
Não tenho, de momento, uma solução para o problema. Comecei este comentário a tentar arregimentar contribuidores, mas não será fácil. Portanto, o meu objectivo centra-se, pelo menos, em tentar espoletar opiniões diversas e formas de atacarmos isto.
Não sendo justo impor-se uma norma ortográfica aos utilizadores, e em especial impor-se uma nova norma ortográfica a quem usa a antiga, também é verdade que, havendo essa possibilidade, não parece correcto que os novos utilizadores não possam usar a norma ortográfica advinda do AO90. A disponibilização do PT Variants foi uma forma de atenuar essa falha, numa altura em que o WordPress ainda não reconhecia variantes. Mas agora que reconhece, como é que vamos lidar com isto?
Rui Cruz 5 Jun 2017, às 15:59 Permalink | Inicie a sessão para responder
Viva,
Por acaso estava mesmo a vir aqui…
Bom, acho que a questão é outra. Eu trabalhei com leitores de ecrã e a sua tradução – como o JAWS http://www.freedomscientific.com/Products/Blindness/JAWS – e lembro-me claramente de ser “ir para”.
Até porque as traduções do Office (Word, por exemplo) têm também Ir para.
Eu estava a fazer um debugging num site e desliguei imagens e css e só me apercebi disso por causa das coisas que “tirei”, caso contrário nem tinha reparado neste pormenor.
Acho mesmo que devíamos usar o Ir para. Just my 5 cents.
R.
Rui Cruz 5 Jun 2017, às 16:01 Permalink | Inicie a sessão para responder
Para referência, sobre o Office:
“Ir para a próxima região de marcos”
Fonte: https://support.office.com/pt-pt/article/Atalhos-de-teclado-no-Word-Online-4ccbb899-f71e-4206-be6f-1d30c7d1bd13
Álvaro Góis 5 Jun 2017, às 16:05 Permalink | Inicie a sessão para responder
Ir para a próxima região de marcos? Atalhos de teclado para utilizar o friso? Não sei se isto é grande referência de tradução Rui.
José Freitas 5 Jun 2017, às 17:19 Permalink | Inicie a sessão para responder
Creio que “ir para” parece-me mais lógico. Mas depende do contexto.
Vitor Madeira 5 Jun 2017, às 17:20 Permalink | Inicie a sessão para responder
O original seria “Skip to main content”?
Compreendo que a intenção original possa ser a de “saltar” um ou outro passo que possa ser sugerido antes de seguir para o “conteúdo principal” mas acho que até ficaria mais lógico que seja alterado para “Ir para o conteúdo principal.”
Numa outra perspetiva, provavelmente, ‘pular’ faria mais sentido se a intenção for a de manter o “salto”?
(Mas mesmo assim, continuo a supor existir mais lógica no “ir para”.)